segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Dicas ortográficas

Partindo do princípio de que o conhecimento se concebe como algo incomensurável, dicas, sejam elas quais forem, são sempre bem-vindas. As ortográficas, então... Quanta relevância! O fato é que em se tratando dos estudos linguísticos, dúvidas, de uma forma geral, representam fator de recorrência máxima.
Nesse sentido, sobretudo tendo em vista a necessidade de você não fazer disso um entrave, tampouco um estigma que poderá cerceá-lo no que se refere a algumas habilidades, propusemo-nos à elucidação de alguns fatores que porventura lhe auxiliarão ─ em especial aqueles inerentes a aspectos ortográficos. Pois bem, caro (a) usuário (a), atenhamo-nos a eles:

À TOA OU À-TOA?

É preciso entender o que antes vigorava e o que agora impera, tendo em vista as mudanças oriundas do Novo Acordo Ortográfico. Veja, pois, a explicação:

À toa, denotando o sentido referente “ao acaso”, “a esmo”, “sem fazer nada”, antes já era e depois da nova reforma continua sendo grafada sem o uso do hífen, haja vista que representa uma locução adverbial de modo. Vejamos o exemplo:

Passava à toa todas as manhãs.
Atestamos que indica um fator circunstancial ora relativo ao verbo passar (passava).

À-toa, antes grafado com hífen e agora descrito sem ele (à toa), refere-se a um adjetivo, cujo sentido se demarca por “inútil”, “desocupado”, “insignificante”. Constatemos o caso a seguir:

Não passava de um à toa, pois não demonstrava nenhum interesse em crescer, tanto pessoal como profissionalmente falando.

EXPECTADOR OU ESPECTADOR?


Diversas vezes você se coloca na condição de “ESPECTADOR”, pois assiste a um filme, a uma peça teatral, a um programa de televisão, enfim.

Você também pode se colocar na condição de EXPECTADOR, pois, assim como tantas outras pessoas, mantém uma expectativa acerca de algo, não é verdade?   

ALUGUÉIS OU ALUGUERES?

Saiba que ambas as formas são consideradas corretas, pois “alugueres” representa o plural de “aluguer”, forma usada em textos jurídicos e em Portugal, ainda que antiga.

PROJÉTEIS OU PROJETIS?

Quando se trata de uma palavra paroxítona, cuja tonicidade recai sobre a penúltima sílaba (protil), o plural se demarca por projéteis. Concebida como oxítona, cuja tonicidade recai sobre a última sílaba (projetil), apresenta-se demarcada pelo plural projetis.

O plural de gol segue as mesmas regras das palavras constituídas de tal terminação (-OL)?

Ora, temos os faróis (farol), os anzóis (anzol), entre outras, mas GOL, quando pluralizado, apresenta-se como GOLS, oriundo do inglês goal.
HAMBURGERS OU HAMBÚRGUERES?

O correto é hambúrgueres, no caso do aportuguesamento da palavra em evidência.

Ela teve duas ou mais GRAVIDEZES?

Gravidezes sim, por mais que não seja assim tão recorrente, pois o plural segue as mesmas regras dos substantivos terminados em “z”, como é o caso de raízes, cruzes, gizes, etc.

BLITZE ou BLITZEN ou BLITZES?   

A palavra blitz origina-se do alemão, mas, quando aportuguesada, segue as mesmas regras do nosso idioma, cujo pressuposto se demarca pelo acréscimo da terminação “-es”. Portanto, BLITZES.

CURRÍCULUNS OU CURRÍCULOS?
A forma pluralizada do latim curriculum é curricula. No entanto, quando aportuguesada, tal palavra se expressa assim no plural: currículos.  

OS FAX OU FAXES?

A forma FAXES é aceita por alguns estudiosos da língua. No entanto, as regras postulam que os substantivos terminados em “x” são invariáveis e demarcados pela indicação de número somente por meio de um determinante (artigo). Logo, opte por dizer “OS FAX”.

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