segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Fala Popular
No dia a dia, é comum observarmos que muitas pessoas se confundem ao empregar certos termos da língua. Veja a seguir uma lista com os termos que selecionamos e atente para a forma padrão, buscando utilizá-la.
Mortadela Você não come mortandela. O que você come é mortadela.
Mendigo Aquele sujeito deitado na rua não é um mendingo, mas sim um mendigo.
Iogurte Ninguém toma iorgute. Todos tomam iogurte.
Basculante A janela do seu banheiro não é uma vasculhante, mas sim uma basculante.
Cadarço Seu sapato não possui cardaço, mas sim cadarço.
Muitas Pessoas Nunca diga "haviam muitas pessoas no local". Neste caso, o verbo haver não tem um sujeito com quem concordar, pois ele tem o sentido de existir. Logo, o correto é "havia muitas pessoas no local".

"Circuíto" ou "Circuito"?
A maneira correta, gramaticalmente, é cir-cui-to. Não se deve destacar a letra "i" da letra "u" ao pronunciar essa palavra. Assim, estende-se também essa regra aos vocábulos "gratuito", "intuito" e fortuito".

Maltratando a Língua

Esta seção contém diversas imagens enviadas por usuários do Só Português. As fotos apresentam erros de ortografia e aparecem, em sua maioria, em anúncios e placas de todo o Brasil. Abaixo de cada imagem, não deixe de observar a grafia correta das palavras.
Ambulância
Ambulância.

Diversos sabores.
Diversos sabores.

Água-de-coco, Rejuvenece.
Água de coco. Rejuvenesce.

Brabo, mas muito brabo.
Raça Fila. Brabo, mas muito brabo.

Figuras de Estilo ou Linguagem

Formas de utilizar as palavras no sentido conotativo, figurado, com o objetivo de ser mais expressivo.

A seguir, as principais figuras de estilo em ordem alfabética:

1 - Anacoluto- interrupção na sequência lógica da oração deixando um termo solto, sem função sintática.

Ex.: Mulheres, como viver sem elas?

2 - Anáfora- repetição de palavras.

Ex.: Ela trabalha, ela estuda, ela é mãe, ela é pai, ela é tudo!

3 - Antonomásia - substituição do nome próprio por qualidade, ou característica que o distinga. É o mesmo que apelidado, alcunha ou cognome.
Exemplos.:

Xuxa (Maria das Graças)
O Gordo (Jô Soares)

4 - Antítese - aproximação de ideias, palavras ou expressões de sentidos opostos.

Ex.: Os bobos e os espertos convivem no mesmo espaço.

5 - Apóstrofo ou invocação - invocação ou interpelação de ouvinte ou leitor, seres reais ou imaginários, presentes ou ausentes.
Exemplos.:

Mulher, venha aqui!

Ó meu Deus! Mereço tanto sofrimento?

6 - Assíndeto - ausência da conjunção aditiva entre palavras da frase ou orações de um período. Essas aparecem justapostas ou separadas por vírgulas.

Ex.: Nasci, cresci, morri.
(ao invés de: Nasci, cresci e morri.)

7 - Catacrese - metáfora tão usada que perdeu seu valor de figura e se tornou cotidiana, não representando mais um desvio. Isso ocorre pela inexistência das palavras mais apropriadas. Surge da semelhança da forma ou da função de seres, fatos ou coisas.

Exemplos.: céu da boca; cabeça de prego; asa da xícara; dente de alho.

8 - Comparação ou símile - aproximação de dois elementos realçando pela sua semelhança. Conectivos comparativos são usados: como, feito, tal qual, que nem...

Ex.: Aquela criança era delicada como uma flor.

9 - Elipse - omissão de palavras ou orações que ficam subentendidas.

Ex.: Marta trabalhou durante vários dias e ele, (trabalhou) durante horas.

10 - Eufemismo - atenuação de algum fato ou expressão com objetivo de amenizar alguma verdade triste, chocante ou desagradável.

Ex.: Ele foi desta para melhor.
(evitando dizer: Ele morreu.)

11 - Hipérbole - exagero proposital com objetivo expressivo.

Ex.: Estou morrendo de cansada.

12 - Ironia - forma intencional de dizer o contrário da ideia que se pretendia exprimir. O irônico é sarcástico ou depreciativo.

Ex.: Que belo presente de aniversário! Minha casa foi assaltada.

13 - Metáfora - é um tipo de comparação em que o conectivo está subentendido. O segundo termo é usado com o valor do primeiro.

Ex.: Aquela criança é (como) uma flor.

14 - Metonímia - uso de uma palavra no lugar de outra que tem com ela alguma proximidade de sentido.

A metonímia pode ocorrer quando usamos:

a - o autor pela obra
Ex.: Nas horas vagas, lê Machado.
(a obra de Machado)

b - o continente pelo conteúdo
Ex.: Conseguiria comer toda a marmita.
Comeria a comida (conteúdo) e não a marmita (continente)

c - a causa pelo efeito e vice-versa
Ex.: A falta de trabalho é a causa da desnutrição naquela comunidade.
A fome gerada pela falta de trabalho que causa a desnutrição.

d - o lugar pelo produto feito no lugar
Ex.: O Porto é o mais vendido naquela loja.
O nome da região onde o vinho é fabricado

e - a parte pelo todo
Ex.: Deparei-me com dois lindos pezinhos chegando.
Não eram apenas os pés, mas a pessoa como um todo.

f - a matéria pelo objeto
Ex.: A porcelana chinesa é belíssima.
Porcelana é a matéria dos objetos

g - a marca pelo produto
Ex.: - Gostaria de um pacote de Bom Bril por favor.
Bom Bril é a marca, o produto é esponja de lã de aço.

h - concreto pelo abstrato e vice-versa
Ex.: Carlos é uma pessoa de bom coração
Coração (concreto) está no lugar de sentimentos (abstrato)

15 - Onomatopeia – uso de palavras que imitam sons ou ruídos.

Ex.: Psiu! Venha aqui!

16 - Paradoxo ou oxímoro - Aproximação de palavras ou ideias de sentido oposto em apenas uma figura.

Ex.: "Estou cego e vejo. Arranco os olhos e vejo." (Carlos Drummond de Andrade)

17 - Personificação, prosopopeia ou animismo – atribuição de características humanas a seres inanimados, imaginários ou irracionais.

Ex.: A vida ensinou-me a ser humilde.

18 - Pleonasmo ou redundância - repetição da mesma ideia com objetivo de realce. A redundância pode ser positiva ou negativa. Quando é proposital, usada como recurso expressivo, enriquecerá o texto:

Ex.: Posso afirmar que escutei com meus próprios ouvidos aquela declaração fatal.

Quando é inconsciente, chamada de “pleonasmo vicioso”, empobrece o texto, sendo considerado um vício de linguagem: Irá reler a prova de novo.

Outros: subir para cima; entrar para dentro; monocultura exclusiva; hemorragia de sangue.

19 - Polissíndeto - repetição de conjunções (síndetos).

Ex.: Estudou e casou e trabalhou e trabalhou...

20 - Silepse - concordância com a ideia, não com a forma.

Ex.: Os brasileiros (3ª pessoa) somos (1ª pessoa) massacrados – Pessoa.

Vossa Santidade (fem.) será homenageado (masc.) – Gênero.

Havia muita gente (sing.) na rua, corriam (plur.) desesperadamente – Número.

21 - Sinestesia - mistura das sensações em uma única expressão.

Ex.: Aquele choro amargo e frio me espetava.
Mistura de paladar (amargo) e tato (frio, espetava)

Expressões idiomáticas

Tais expressões são assim denominadas pelo fato de serem destituídas de uma tradução literal propriamente dita. Representam um traço cultural de uma determinada comunidade, razão pela qual podem ser consideradas como variantes linguísticas, uma vez demarcadas por meio de distintas regiões, cada uma revelando um significado diferente.

Quanto às origens, podemos dizer que pertencem aos nossos antepassados e, com o passar do tempo, foram se cristalizando por meio de gerações e gerações. Desta forma, quando nos depararmos com imagens, como as aqui representadas:





OU





Logo saberemos que às vezes “alguém entra pelo cano” e “que pisa na bola”, não é verdade? Mas vejamos alguns casos representativos:

acertar na mosca – acertar com precisão
agarrar com unhas e dentes – dedicar-se extremamente a algo ou a alguém
bater as botas – falecer
bola murcha – sem ânimo
cara de pau – descarado, sem vergonha
dar a volta por cima – recuperar-se
encher linguiça – enrolar, preencher espaço com embromação
lavar as mãos – desprender-se de algo, isentar-se de alguma culpa
levar toco – ser impedido por alguém
pôr minhoca na cabeça – preocupar-se com assuntos irrelevantes
enfiar o pé na jaca – embriagar-se, cometer excessos
pendurar as chuteiras – aposentar-se
trocar as bolas – atrapalhar-se
virar a casaca – mudar de opinião, trair a confiança.

Dicas ortográficas

Partindo do princípio de que o conhecimento se concebe como algo incomensurável, dicas, sejam elas quais forem, são sempre bem-vindas. As ortográficas, então... Quanta relevância! O fato é que em se tratando dos estudos linguísticos, dúvidas, de uma forma geral, representam fator de recorrência máxima.
Nesse sentido, sobretudo tendo em vista a necessidade de você não fazer disso um entrave, tampouco um estigma que poderá cerceá-lo no que se refere a algumas habilidades, propusemo-nos à elucidação de alguns fatores que porventura lhe auxiliarão ─ em especial aqueles inerentes a aspectos ortográficos. Pois bem, caro (a) usuário (a), atenhamo-nos a eles:

À TOA OU À-TOA?

É preciso entender o que antes vigorava e o que agora impera, tendo em vista as mudanças oriundas do Novo Acordo Ortográfico. Veja, pois, a explicação:

À toa, denotando o sentido referente “ao acaso”, “a esmo”, “sem fazer nada”, antes já era e depois da nova reforma continua sendo grafada sem o uso do hífen, haja vista que representa uma locução adverbial de modo. Vejamos o exemplo:

Passava à toa todas as manhãs.
Atestamos que indica um fator circunstancial ora relativo ao verbo passar (passava).

À-toa, antes grafado com hífen e agora descrito sem ele (à toa), refere-se a um adjetivo, cujo sentido se demarca por “inútil”, “desocupado”, “insignificante”. Constatemos o caso a seguir:

Não passava de um à toa, pois não demonstrava nenhum interesse em crescer, tanto pessoal como profissionalmente falando.

EXPECTADOR OU ESPECTADOR?


Diversas vezes você se coloca na condição de “ESPECTADOR”, pois assiste a um filme, a uma peça teatral, a um programa de televisão, enfim.

Você também pode se colocar na condição de EXPECTADOR, pois, assim como tantas outras pessoas, mantém uma expectativa acerca de algo, não é verdade?   

ALUGUÉIS OU ALUGUERES?

Saiba que ambas as formas são consideradas corretas, pois “alugueres” representa o plural de “aluguer”, forma usada em textos jurídicos e em Portugal, ainda que antiga.

PROJÉTEIS OU PROJETIS?

Quando se trata de uma palavra paroxítona, cuja tonicidade recai sobre a penúltima sílaba (protil), o plural se demarca por projéteis. Concebida como oxítona, cuja tonicidade recai sobre a última sílaba (projetil), apresenta-se demarcada pelo plural projetis.

O plural de gol segue as mesmas regras das palavras constituídas de tal terminação (-OL)?

Ora, temos os faróis (farol), os anzóis (anzol), entre outras, mas GOL, quando pluralizado, apresenta-se como GOLS, oriundo do inglês goal.
HAMBURGERS OU HAMBÚRGUERES?

O correto é hambúrgueres, no caso do aportuguesamento da palavra em evidência.

Ela teve duas ou mais GRAVIDEZES?

Gravidezes sim, por mais que não seja assim tão recorrente, pois o plural segue as mesmas regras dos substantivos terminados em “z”, como é o caso de raízes, cruzes, gizes, etc.

BLITZE ou BLITZEN ou BLITZES?   

A palavra blitz origina-se do alemão, mas, quando aportuguesada, segue as mesmas regras do nosso idioma, cujo pressuposto se demarca pelo acréscimo da terminação “-es”. Portanto, BLITZES.

CURRÍCULUNS OU CURRÍCULOS?
A forma pluralizada do latim curriculum é curricula. No entanto, quando aportuguesada, tal palavra se expressa assim no plural: currículos.  

OS FAX OU FAXES?

A forma FAXES é aceita por alguns estudiosos da língua. No entanto, as regras postulam que os substantivos terminados em “x” são invariáveis e demarcados pela indicação de número somente por meio de um determinante (artigo). Logo, opte por dizer “OS FAX”.

Acento gráfico e acento tônico – marcas distintivas

Dado o aspecto complexo - norteador dos fatos linguísticos, há que se mencionar acerca de alguns entraves com os quais o usuário compartilha na tentativa de compreendê-los (os fatos). Contudo, à medida com que estes vão se tornando familiares, mediante a busca constante pelo conhecimento, tal problemática tende a tão somente se amenizar ou se extinguir de uma vez por todas.

Em razão disso, no intuito de cooperar para que este avanço seja efetivamente materializado, o artigo que ora se evidencia tem por finalidade discorrer acerca das diferenças existentes entre o acento gráfico e o acento tônico – ambos relacionados a questões ortográficas que, sem nenhuma dúvida, representam alvo de inúmeros questionamentos.

À guisa de algumas elucidações, temos que o acento tônico não pode ser confundido com o acento gráfico, pois este (o tônico) refere-se a aspectos relacionados à oralidade. Portanto, no sentido de detectá-los com veemência, faz-se necessário proferirmos melodicamente os vocábulos, uma vez que se assim procedermos, teremos condições de constatar onde realmente a sílaba pronunciada com mais intensidade encontra-se demarcada. Desta forma, procurando tornar prático tal posicionamento, ater-nos-emos à análise de alguns deles:




Detectamos que as sílabas em destaque representam o que chamamos de tônica, visto que são pronunciadas com mais força. Para tanto, independentemente de haver qualquer indício de sinal gráfico, tal aspecto foi constatado. Eis o segredo da tonicidade!

Já em se tratando do acento gráfico, este se encontra intrinsecamente ligado a regras pré-concebidas pelas normas gramaticais de uma forma geral, mais precisamente no que tange à acentuação. Para tanto, basta analisarmos:



Notamos que no primeiro caso trata-se de uma palavra oxítona terminada em “e”. Regra: Todas as palavras terminadas em a, e, o, em seguidas ou não de “s” deverão ser acentuadas.

Atendo-nos ao segundo exemplo, constatamos que se trata de uma palavra paroxítona terminada em “x”. Regra: Todas as paroxítonas assim terminadas recebem o acento gráfico.

Quanto ao terceiro, identificamos um vocábulo também oxítono, terminado em “em”. Regra: Idêntica à primeira.

Por último, temos uma palavra proparoxítona, a qual integra um grupo em que todas são acentuadas.

Mediante tais postulados, aposta-se que todas as dúvidas em relação a este fato tenham sido sanadas, tendo em vista a seguinte concepção:

Para que a sílaba tônica exista, ela não precisa, necessariamente, estar acentuada. Caso esteja, o acento gráfico se “incube” de recair sobre ela mesma!

Abreviação vocabular – Um processo de formação de palavras

Se alguma vez ou determinadas vezes você pronunciou palavras como Sampa, japa, portuga, entre outras... é hora de saber que tal procedimento, mesmo que pertença a uma linguagem coloquial, representa um fato linguístico – razão pela qual se torna passível de se integrar ao conhecimento de todos nós – usuários da língua.

Pois bem, como sabemos, as palavras que compõem nosso léxico são resultantes de um processo, umas pela junção de termos, outras pelo acréscimo de prefixos e sufixos, entre outras características. Desta forma, o presente artigo tem por objetivo ressaltar acerca de uma delas – a abreviação vocabular, cujo traço peculiar se manifesta por meio da eliminação de um segmento de uma palavra no intuito de se obter uma forma mais reduzida, geralmente aquelas mais longas. Diante disso, vejamos alguns exemplos:

 metropolitano – metrô

extraordinário – extra

otorrinolaringologista – otorrino

telefone – fone

pneumático – pneu...

 Muitas destas abreviações podem denotar sentimentos variados, expressando carinho, desprezo, preconceito e, às vezes, até zombaria. De forma a constatá-los, analisemos os exemplos subsequentes:

comunista - comuna

Florianópolis – Floripa

delegado – delega

professor – fessor

japonês – japa

português – portuga...

Uma observação digna de nota, e que também representa a ocorrência em voga, reside no fato de algumas abreviações terem se tornado bastante frequentes na língua atual. Tal fato consiste no uso de um prefixo ou de um elemento, referente a uma palavra composta, no lugar do todo. Analisemos, portanto, alguns casos representativos:

micro (relativo a microcomputador)

míni (referente a minissaia)

vídeo (concernente a videocassete)

ex (relativo a ex-namorada, ex-esposa ou ex-marido)...

Se alguma vez ou determinadas vezes você pronunciou palavras como Sampa, japa, portuga, entre outras... é hora de saber que tal procedimento, mesmo que pertença a uma linguagem coloquial, representa um fato linguístico – razão pela qual se torna passível de se integrar ao conhecimento de todos nós – usuários da língua.

Pois bem, como sabemos, as palavras que compõem nosso léxico são resultantes de um processo, umas pela junção de termos, outras pelo acréscimo de prefixos e sufixos, entre outras características. Desta forma, o presente artigo tem por objetivo ressaltar acerca de uma delas – a abreviação vocabular, cujo traço peculiar se manifesta por meio da eliminação de um segmento de uma palavra no intuito de se obter uma forma mais reduzida, geralmente aquelas mais longas. Diante disso, vejamos alguns exemplos:

 metropolitano – metrô

extraordinário – extra

otorrinolaringologista – otorrino

telefone – fone

pneumático – pneu...

 Muitas destas abreviações podem denotar sentimentos variados, expressando carinho, desprezo, preconceito e, às vezes, até zombaria. De forma a constatá-los, analisemos os exemplos subsequentes:

comunista - comuna

Florianópolis – Floripa

delegado – delega

professor – fessor

japonês – japa

português – portuga...

Uma observação digna de nota, e que também representa a ocorrência em voga, reside no fato de algumas abreviações terem se tornado bastante frequentes na língua atual. Tal fato consiste no uso de um prefixo ou de um elemento, referente a uma palavra composta, no lugar do todo. Analisemos, portanto, alguns casos representativos:

micro (relativo a microcomputador)

míni (referente a minissaia)

vídeo (concernente a videocassete)

ex (relativo a ex-namorada, ex-esposa ou ex-marido)...


O uso da vírgula e seus pré-requisitos

Caso quiséssemos atribuir o uso da vírgula a cada pausa retratada pelo falante, concluiríamos que nossa pretensão se mostra aquém das reais possibilidades. Fato este decorrente das diferenças que se acentuam entre a fala e a escrita, visto que a riqueza melódica da oralidade não se compara ao convencionalismo da escrita.

A linguagem oral, via de regra, torna-se mais isenta de postulados pré-estabelecidos, posto que se condiciona a traços individuais do próprio emissor, cabendo a ele atribuir as possíveis entonações no momento em que achar convenientente. Ao passo que na linguagem escrita, tais pretensões estão sujeitas a normas que, indiscutivelmente, precisam estar em consonância com nossos conhecimentos. Para tanto, seguem em evidência algumas considerações dignas de nota, as quais se pautam por retratarem os casos em que se materializa ou não o uso da vírgula.

Circunstâncias em que usamos a vírgula:

a) Para isolar topônimos (nomes próprios relacionados a um determinado lugar), seguidos de sua respectiva data.

Ex: Maceió, 12 de fevereiro de 2009.

b) Separar orações coordenadas assindéticas (isentas de conectivos que as ligue).

Ex: Ao iniciar a reunião todos se apresentaram, começaram a discutir os assuntos pertinentes, chegando a um consenso muito antes do esperado.

c) Separar orações coordenadas sindéticas iniciadas pelas conjunções adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas.
Exemplos:

* Precisava urgentemente se decidir, ou somente trabalhava, ou estudava.

* A aluna obteve a primeira colocação nas olimpíadas de Matemática, logo se preparou muito para tal.

* Não me sinto preparada para esta viagem, pois tive que decidir rapidamente.

* Sinto-me honrada com suas desculpas, porém nossa amizade não será mais a mesma.

d) Isolar expressões explicativas, corretivas ou continuativas, uma vez representadas por: isto é, por exemplo, ou seja, aliás, dentre outras.
Exemplos:

* A violência social é um fato grave, ou melhor, assustador.

* Pretendo despachar os documentos em breve, isto é, na próxima semana.

e) Separar apostos e vocativos em uma oração.
Exemplos:

* Marcos, traga seu certificado assim que puder, pois preciso entregá-lo ao Departamento de Pessoal.

* Marta, irmã de Pedro, casou-se ontem.

f) Separar um adjunto adverbial, antecipado ou intercalado entre o discurso.
Exemplos:

* Naqueles tempos, havia uma maior interação entre as pessoas.

* Sem que ninguém esperasse, repentinamente, ela apareceu.



g) Isolar algumas orações intercaladas.

Ex: Precisamos, pois, estarmos atentos a tudo que acontece.

h) Isolar um complemento pleonástico antecipado ao verbo.

Ex.: Aos insensíveis|, por que não ignorá-los?
O.D. pleonástico

i) Indicar a supressão de um verbo subentendido na oração (recurso linguístico caracterizado pela elipse):

Ex.: Grande parte dos alunos estava trajada de Country; Patrícia, de caipira.
(A vírgula indica a supressão da locução verbal – estava trajada)

j) Separar termos coordenados em uma oração.

Ex: Aos domingos, reuniam-se todos os filhos, genros, noras, netos e bisnetos para uma agradável confraternização familiar.

l) Separar orações subordinadas adjetivas explicativas.

Ex: Santos Dumont, que é considerado o pai da aviação, foi o inventor do 14 Bis.

m) Separar orações adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), sobretudo, quando estas se antepuserem à oração principal.
Exemplos:

* Ao chegar em casa, percebi sua apreensão.

* Caso queira conversar comigo, avise-me antecipadamente.

Casos em que não se recomenda o uso da vírgula:

Não se usa a vírgula para separar termos que, do ponto de vista sintático, estabelecem diretamente uma ligação entre si. Eis as seguintes ocorrências:

a) Para separar sujeito do predicado.

Ex: Os alunos| estão todos eufóricos à espera dos resultados.
Sujeito               Predicado

b) Entre o verbo e seus complementos (objeto direto e indireto), mesmo que o objeto indireto se anteponha ao objeto direto.

Ex: Entreguei |aos clientes| os pedidos.
                          O. Indireto     | O. Direto.

c) Entre o nome e o adjunto adnominal ou o complemento nominal.
Exemplos:

* Seu relógio de pulso foi apreciado por todos.
                        Adjunto Adnominal

* Você tem amor à profissão.
                                Complemento Nominal

d) Entre a oração subordinada substantiva e a principal.

Ex: Seu desejo| era que todos o visitassem.
Or. principal     | oração subordinada substantiva predicativa.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Mudanças na ortografia.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou no último dia 25, em Lisboa, que o acordo ortográfico da língua portuguesa deverá estar implantado no Brasil até 2011. No início da 7.ª Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Fernando Haddad apontou o acordo como uma peça-chave da cooperação com os países africanos.
"Estamos tendo conversas informais com grupos editoriais brasileiros, sobretudo os que trabalham com livros didáticos, prevendo um prazo de dois ou três anos (para a implementação do acordo)", disse o ministro.
Segundo ele, a idéia é levar a consulta pública dentro de 30 dias a minuta do decreto presidencial sobre o acordo. "Pretendemos publicar esse decreto presidencial talvez ainda em setembro ou outubro", afirmou.
O acordo consagra mudanças relativamente pequenas. Segundo os lingüistas que prepararam o acordo - Antônio Houaiss, pelo Brasil, e João Malaca Casteleiro, de Portugal -, 0,43% das palavras no Brasil e 1,42% em Portugal passarão por mudanças.
O idioma português é o quinto mais falado do mundo, alcançando 200 milhões de pessoas. A comunidade lusófona é constituída por Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe (os cinco últimos na África) e por Macau, Timor Leste e Goa no Oriente, onde também esteve presente a colonização portuguesa.
A existência de duas ortografias oficiais da língua portuguesa, a lusitana e a brasileira, tem sido considerada como amplamente prejudicial à integração intercontinental do português e para sua importância no mundo. Tal situação remonta a 1911, ano em que foi adotada, em Portugal, a primeira grande reforma ortográfica, mas que não foi extensiva ao Brasil.
Conheça as principais alterações a implementar pela reforma ortográfica:

Ref: Marília Mendes

Reforma Ortográfica

 Com o novo  acordo ortográfico, diversas mudanças foram implementadas  na língua portuguesa. São sinais diacríticos - como o hífen - que entram em  algumas palavras, acentos que saem de outras. Letras que entraram no alfabeto é o caso de k, w e y.

reforma ortográfica

O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa

Este site tem como objetivo divulgar de forma clara e objetiva as novas normas que passam a valer a partir do acordo que unifica o idioma português em Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
As novas regras ortográficas já estão valendo desde o dia 1º de janeiro de 2009, e de acordo com o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, haverá um período de transição até 2012 em que serão válidas as duas formas de escrever: a antiga e a nova.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O pianista

Władysław Szpilman, um famoso pianista judeu-polonês que trabalha na rádio de Varsóvia, vê seu mundo ruir com o começo da Segunda Guerra Mundial e a Invasão da Polônia em 1 de setembro de 1939. Após a estação de rádio ser bombardeada pelos alemães, Szpilman vai para casa e descobre que o Reino Unido e a França declararam guerra contra a Alemanha Nazista. Ele e sua família se alegram achando que a guerra vai acabar logo.
Quando a SS assume o controle de Varsóvia após a saída da Wehrmacht, as condições de vida da população judia rapidamente se deterioram e seus direitos são gradualmente retirados: primeiro eles limitam a quantidade de dinheiro para cada família, depois eles devem usar faixas nos braços com a Estrela de Davi para serem identificados e, eventualmente, no Dia das Bruxas de 1940, eles são forçados a ir para o Gueto de Varsóvia. Lá eles enfrentam a fome, perseguição, humilhação e o medo sempre presente de morte e tortura. Os nazistas ficam cada vez mais sadistas e as famílias presenciam muitos horrores infligidos a outros judeus.
A família de Szpilman, junto com outras centenas, são colocadas como parte da Operação Reinhard para deportação até um campo de extermínio em Treblinka. Enquanto os judeus são forçados a entrar em vagões de trem, Szpilman é salvo no último segundo por um policial do gueto, que era seu amigo. Separado de sua família e entes queridos, ele consegue sobreviver. Primeiro ele é colocado em uma unidade de reconstrução alemã como um trabalhador escravo. Durante esse tempo, um outro trabalhador judeu confidencia a Szpilman duas informações críticas. Primeira: muitos judeus que estão vivos sabem que os alemães planejam matá-los. Segunda: que um levante contra os alemães está sendo preparado. Szpilman se oferece para ajudar. Ele é colocado para contrabandear armas para dentro do gueto, quase sendo pego em um momento.
Mais tarde, antes do levante começar, Szpilman decide se esconder fora do gueto, contando com a ajuda de não-judeus que ainda se lembram dele, como um antigo trabalhador da rádio. Enquanto se escondia, ele testemunha vários horrores cometidos pela SS. Em 1943, ele finalmente testemunha o Levante do Gueto de Varsóvia que ele ajudou a formar e o que aconteceu a seguir, com a SS entrando no gueto e matando quase todos os judeus. Um ano se passa e a vida em Varsóvia se deteriora. Szpilman é forçado a fugir de seu esconderijo quando o vizinho de seu apartamento descobre sua presença e ameaça delatá-lo. Em seu segundo esconderijo, perto de um hospital militar alemão, ele quase morre de icterícia e desnutrição.
Em agosto de 1944, a resistência polaca monta a Revolta de Varsóvia contra a ocupação alemã. Szpilman testemunha insurgentes poloneses lutarem contra os alemães pela sua janela. Novamente, ele quase morre quando um tanque alemão atira no apartamento em que ele estava se escondendo. Varsóvia é virtualmente arrasada como resultado do conflito. Após a população sobrevivente ser deportada para fora das ruínas da cidade e da SS fugir do avanço do Exército Vermelho, Szpilmam é deixado sozinho. Em prédios ainda em pé, ele procura desesperadamente por comida. Enquanto ele tenta abrir uma lata de picles, Szpilman é descoberto pelo capitão de Wehrmarcht Wilm Hosenfeld. Interrogando Szpilmam, e descobrindo que ele é um pianista, Hosenfeld pede que ele toque algo no piano que ainda sobrevive no prédio. O decrépito Szpilman, apenas uma sobra do grande pianista que ele fora, toca uma versão abreviada da Balada em Sol menor, de Frédéric Chopin.
Hosenfeld deixa Szpilman continuar se escondendo no prédio, dando a ele comida regularmente, salvando sua vida. Algumas semanas se passam e as forças alemães devem evacuar de Varsóvia devido ao avanço do Exército Vermelho. Antes de ir embora, Hosenfeld pergunta a Szpilman seu nome e, ao ouvi-lo, diz que ele está apto para ser pianista (Szpilman sendo a versão polonesa do alemão Spielmann, que significa "homem que toca"). Ele promete ouvi-lo na rádio de Varsóvia. Ele dá a Szpilman seu casaco da Wehrmacht e vai embora. Mais tarde, esse casaco quase mata Szpilman quando tropas polonesas, libertando as ruínas de Varsóvia, o confundem com um oficial alemão. Ele consegue convencê-los que ele era polonês.
Um grupo de recém libertados prisioneiros de um campo de concentração passam por um grupo de prisioneiros alemães. Um machucado prisioneiro alemão, que era na verdade Hosenfeld, chama os ex-prisoneiros. Ele implora para um deles, um violinista conhecido de Szpilman, para contactá-lo para que possam libertá-lo. Szpilman, que voltou a tocar na Rádio de Varsóvia, vai ao local tarde demais, todos os prisioneiros haviam sido removidos sem deixar rastros. Na última cena, ele toca Grand Polonaise brillante para uma grande plateia em Varsóvia. Antes dos créditos é mostrado que Szpilman continuou a viver em Varsóvia até sua morte em 2000 e que Hosenfeld morreu em 1952 em um campo de prisioneiros da KGB, porém foi postumamente honrado por salvar a vida de Szpilman.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Apresentação

 Hoje na aula de português, apresentamos um teatro valendo nota. Espero que consigua 10

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Redigir
A maior dificuldade está em transformar as ideias em texto utilizando palavras corretas no momento certo. Muitas vezes, acreditamos que a palavra não expressa suficientemente o que ela quer dizer, e o texto acaba reunindo uma fileira de palavras com mesmo sentido ou que não se relacionam entre si. Isso acontece porque antes de iniciar a escrita não organizamos as ideias, escrevendo-as sem pensar no texto como um todo.
Comunicação Escrita
Na era do fax, computador e internet são inúmeras as maneiras das pessoas se comunicarem de forma rápida e prática, para qualquer canto do mundo. Mas a principal dificuldade enfrentada não está em como utilizar a tecnologia, uma vez que o domínio da informática é praticamente total, e sim em se fazer entender claramente tanto na linguagem falada como na escrita. Não é só o veículo que usamos para nos comunicar que conta, mas também a forma, o conteúdo e a linguagem que utilizamos para isso.
Às vezes, conforme o veículo utilizado, o documento redigido e até as palavras e formas de tratamento usadas não são as mais indicadas para a situação. Seja um simples bilhete, um email, ou um documento oficial, o fato é que nem sempre a linguagem corresponde à formalidade ou informalidade do assunto, ou a estrutura de texto escolhida é a mais adequada.
Tal como falar, escrever é um recurso que precisa ser aprendido, e ambos, estão intimamente ligados, pois são atividades que trabalham com a palavra. O fato de alguém saber ortografia, ou seja, saber escrever as palavras com pequeno número de erros, não significa que esteja pronto para escrever qualquer texto.
O treinamento é essencial para o bom desempenho da escrita.
Todos os grandes escritores afirmam que a leitura é a base da arte de escrever. Ler é interpretar símbolos gráficos de maneira a compreendê-los; a leitura, constitui uma das cinco atividades fisiológicas básicas (pensar, falar, ouvir, escrever e ler). Essas atividades linguísticas estão relacionadas entre si: o pensamento é expresso pela fala, recebido pela audição, gravado pela escrita e interpretado pela leitura. Mas apesar desta relação, escrever e falar exigem técnicas diferentes. Por mais perfeita que seja, a transcrição da fala para a escrita não consegue fazer com que esta atinja o colorido da fala.
Qual é o caminho para as comunicações?
As comunicações são como uma rua de duas mãos,e a tarefa de comunicar-se não está concluída até que haja compreensão, aceitação e ação resultante. A finalidade da comunicação é afetar comportamentos.
Um erro comum é o de emitir instruções por escrito e acreditar que sua interpretação será, assim, mais precisa e que não haverá possibilidade de problemas. Temos plena necessidade de tanto verificar a receptividade de uma instrução escrita como a de examinar o entendimento de instruções verbais.
As recompensas das boas comunicações são grandes, mas difíceis são os meios de se obtê-las, para isto sempre esteja atento às bases para a boa comunicação.

Algumas regras de comunicação

"FEEDBACK" - O retorno de informações é importante para manter seus parceiros atualizados nos processos e atividades de interesse comum, sempre retorne a informação, mostre os resultados e ações consequentes de informação recebida anteriormente.


 "FEEDBACK" - O retorno de informações é importante para manter seus parceiros atualizados nos processos e atividades de interesse comum, sempre retorne a informação, mostre os resultados e ações consequentes de informação recebida anteriormente.

Saber Ouvir - Demonstre estar apto a ouvir informações mesmo que desagradáveis e críticas, procurando vê-las de forma construtiva. Escute, ouça atentamente, demonstrando interesse pelo que está sendo apresentado, não interrompa desnecessariamente.


Evite termos técnicos - Não use gírias e evite termos técnicos que podem atrapalhar na comunicação, se for imprescindível o seu uso, explique qual o significado dos termos usados. Você pode estar falando com alguém que quer entender o que você está falando e não consegue, provavelmente na próxima vez ele não o procurará. Use uma linguagem que descreva a realidade. 


Expresse o seu interesse - Entre frequentemente em contato com as pessoas e escute. Expresse seu interesse pelos seus problemas e escute. Questione o interlocutor, peça detalhes.
O que é Comunicação?

As comunicações são o centro gravitacional de todas as atividades humanas. Literalmente nada acontece sem que haja prévia comunicação. Um grande número de problemas pode ser ligado à falta de comunicação - saber qual é o problema já é ter meia solução.
Comunicar bem não é só transmitir ou só receber bem. COMUNICACÃO é troca de ENTENDIMENTO, e ninguém entende ninguém sem considerar além das palavras, as emoções e a situação em que fazemos a tentativa de tornar comuns conhecimentos, ideias, instruções ou qualquer outra mensagem, seja ela verbal, escrita ou corporal.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Trabalho de portugues

 Certo dia, eu acordei com vontade de jogar futebol, tomei café da manhã, assisti um pouco de televisão, peguei a bola de futebol passei na casa de alguns amigos e chamei eles para irem junto, chegamos na quadra que ficava perto de casa, passamos o dia inteiro jogando, só parando para comer, logo após fomos jogar videogame, ficamojogando ate tarde, depois eles foram embora, e eu fui tomar banho e jantar.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

SONETO CV
Não chame o meu amor de Idolatria
Nem de Ídolo realce a quem eu amo,
Pois todo o meu cantar a um só se alia,
E de uma só maneira eu o proclamo.
É hoje e sempre o meu amor galante,
Inalterável, em grande excelência;
Por isso a minha rima é tão constante
A uma só coisa e exclui a diferença.
'Beleza, Bem, Verdade', eis o que exprimo;
'Beleza, Bem, Verdade', todo o acento;
E em tal mudança está tudo o que primo,
Em um, três temas, de amplo movimento.
'Beleza, Bem, Verdade' sós, outrora;
Num mesmo ser vivem juntos agora.
William Shakespeare
De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.
William Shakespeare
Não tem olhos solares, meu amor;
Mais rubro que seus lábios é o coral;
Se neve é branca, é escura a sua cor;
E a cabeleira ao arame é igual.

Vermelha e branca é a rosa adamascada
Mas tal rosa sua face não iguala;
E há fragrância bem mais delicada
Do que a do ar que minha amante exala.

Muito gosto de ouvi-la, mesmo quando
Na música há melhor diapasão;
Nunca vi uma deusa deslizando,

Mas minha amada caminha no chão.
Mas juro que esse amor me é mais caro
Que qualquer outra à qual eu a comparo.
William Shakespeare
A longa distância apenas serve para unir o nosso amor.
A saudade serve para me dar
a absoluta certeza de que ficaremos para sempre unidos...


E nesse momento de saudade,
quando penso em você,
quando tudo está machucando o meu coração
e acho que não tenho mais forças para continuar;
eis que surge tua doce presença,
com o esplendor de um anjo;
e me envolvendo como uma suave brisa aconchegante...


Tudo isso acontece porque amo e penso em você...
William Shakespeare
 Soneto 23 ~

Como no palco o ator que é imperfeito
Faz mal o seu papel só por temor,
Ou quem, por ter repleto de ódio o peito
Vê o coração quebrar-se num tremor,

Em mim, por timidez, fica omitido
O rito mais solene da paixão;
E o meu amor eu vejo enfraquecido,
Vergado pela própria dimensão.

Seja meu livro então minha eloqüência,
Arauto mudo do que diz meu peito,
Que implora amor e busca recompensa

Mais que a língua que mais o tenha feito.
Saiba ler o que escreve o amor calado:
Ouvir com os olhos é do amor o fado.
William Shakespeare
Aprendi... Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém. Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e Ter paciência, para que a vida faça o resto. Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las.Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos.Que posso usar o meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando.
William Shakespeare
Aprendi... Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém. Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e Ter paciência, para que a vida faça o resto. Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las.Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos.Que posso usar o meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando.
William Shakespeare
Aprendi... Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém. Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e Ter paciência, para que a vida faça o resto. Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las.Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos.Que posso usar o meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando.
William Shakespeare
"Há certas horas, em que não precisamos de um amor, não precisamos da paixão desmedida, não queremos beijo na boca e nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama. Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado, sem nada dizer..."
William Shakespeare
Há quem diga que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isto não tem muita importância.
O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado.
(Sonho de uma Noite de Verão)
William Shakespeare


História do Descobrimento do Brasil
Em 22 de abril de 1500 chegava ao Brasil 13 caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral. A primeira vista, eles acreditavam tratar-se de um grande monte, e chamaram-no de Monte Pascoal. No dia 26 de abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil.
Após deixarem o local em direção à Índia, Cabral, na incerteza se a terra descoberta tratava-se de um continente ou de uma grande ilha, alterou o nome para Ilha de Vera Cruz. Após exploração realizada por outras expedições portuguesas, foi descoberto tratar-se realmente de um continente, e novamente o nome foi alterado. A nova terra passou a ser chamada de Terra de Santa Cruz. Somente depois da descoberta do pau-brasil, ocorrida no ano de 1511, nosso país passou a ser chamado pelo nome que conhecemos hoje: Brasil. 
A descoberta do Brasil ocorreu no período das grandes navegações, quando Portugal e Espanha exploravam o oceano em busca de novas terras. Poucos anos antes da descoberta do Brasil, em 1492, Cristóvão Colombo, navegando pela  Espanha, chegou a América, fato que ampliou as expectativas dos exploradores. Diante do fato de ambos terem as mesmas ambições e com objetivo de evitar guerras pela posse das terras, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas, em 1494. De acordo com este acordo, Portugal ficou com as terras recém descobertas que estavam a leste da linha imaginária ( 200 milhas a oeste das ilhas de Cabo Verde), enquanto a Espanha ficou com as terras a oeste desta linha. 
Mesmo com a descoberta das terras brasileiras, Portugal continuava empenhado no comércio com as Índias, pois as especiarias que os portugueses encontravam lá eram de grande valia para sua comercialização na Europa. As especiarias comercializadas eram: cravo, pimenta, canela, noz moscada, gengibre, porcelanas orientais, seda, etc. Enquanto realizava este lucrativo comércio, Portugal realizava no Brasil o extrativismo do pau-brasil, explorando da Mata Atlântica toneladas da valiosa madeira, cuja tinta vermelha era comercializada na Europa. Neste caso foi utilizado o escambo, ou seja, os indígenas recebiam dos portugueses algumas bugigangas (apitos, espelhos e chocalhos) e davam em troca o trabalho no corte e carregamento das toras de madeira até as caravelas. 
Foi somente a partir de 1530, com a expedição organizada por Martin Afonso de Souza, que a coroa portuguesa começou a interessar-se pela colonização da nova terra. Isso ocorreu, pois havia um grande receio dos portugueses em perderem as novas terras para invasores que haviam ficado de fora do tratado de Tordesilhas, como, por exemplo, franceses, holandeses e ingleses. Navegadores e piratas destes povos, estavam praticando a retirada ilegal de madeira de nossas matas. A colonização seria uma das formas de ocupar e proteger o território. Para tanto, os portugueses começaram a fazer experiências com o plantio da cana-de-açúcar, visando um promissor comércio desta mercadoria na Europa.


História do Descobrimento do Brasil
Em 22 de abril de 1500 chegava ao Brasil 13 caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral. A primeira vista, eles acreditavam tratar-se de um grande monte, e chamaram-no de Monte Pascoal. No dia 26 de abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil.
Após deixarem o local em direção à Índia, Cabral, na incerteza se a terra descoberta tratava-se de um continente ou de uma grande ilha, alterou o nome para Ilha de Vera Cruz. Após exploração realizada por outras expedições portuguesas, foi descoberto tratar-se realmente de um continente, e novamente o nome foi alterado. A nova terra passou a ser chamada de Terra de Santa Cruz. Somente depois da descoberta do pau-brasil, ocorrida no ano de 1511, nosso país passou a ser chamado pelo nome que conhecemos hoje: Brasil. 
A descoberta do Brasil ocorreu no período das grandes navegações, quando Portugal e Espanha exploravam o oceano em busca de novas terras. Poucos anos antes da descoberta do Brasil, em 1492, Cristóvão Colombo, navegando pela  Espanha, chegou a América, fato que ampliou as expectativas dos exploradores. Diante do fato de ambos terem as mesmas ambições e com objetivo de evitar guerras pela posse das terras, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas, em 1494. De acordo com este acordo, Portugal ficou com as terras recém descobertas que estavam a leste da linha imaginária ( 200 milhas a oeste das ilhas de Cabo Verde), enquanto a Espanha ficou com as terras a oeste desta linha. 
Mesmo com a descoberta das terras brasileiras, Portugal continuava empenhado no comércio com as Índias, pois as especiarias que os portugueses encontravam lá eram de grande valia para sua comercialização na Europa. As especiarias comercializadas eram: cravo, pimenta, canela, noz moscada, gengibre, porcelanas orientais, seda, etc. Enquanto realizava este lucrativo comércio, Portugal realizava no Brasil o extrativismo do pau-brasil, explorando da Mata Atlântica toneladas da valiosa madeira, cuja tinta vermelha era comercializada na Europa. Neste caso foi utilizado o escambo, ou seja, os indígenas recebiam dos portugueses algumas bugigangas (apitos, espelhos e chocalhos) e davam em troca o trabalho no corte e carregamento das toras de madeira até as caravelas. 
Foi somente a partir de 1530, com a expedição organizada por Martin Afonso de Souza, que a coroa portuguesa começou a interessar-se pela colonização da nova terra. Isso ocorreu, pois havia um grande receio dos portugueses em perderem as novas terras para invasores que haviam ficado de fora do tratado de Tordesilhas, como, por exemplo, franceses, holandeses e ingleses. Navegadores e piratas destes povos, estavam praticando a retirada ilegal de madeira de nossas matas. A colonização seria uma das formas de ocupar e proteger o território. Para tanto, os portugueses começaram a fazer experiências com o plantio da cana-de-açúcar, visando um promissor comércio desta mercadoria na Europa.


República Velha (1889-1930)
- Proclamação da República em 15 de novembro de 1889. A monarquia é derrubada.
- Marechal Deodoro da Fonseca assume como primeiro presidente da República.
- Poder econômico e político nas mãos das oligarquias paulista e mineira.
- Após a renúncia de Deodoro em 1891, assume a presidência outro militar: Floriano Peixoto.
- Primeira Constituição Republicana Brasileira é promulgada em 1891: voto aberto, presidencialismo, manutenção de interesses das elites agrárias, exclusão das mulheres e dos analfabetos do direito de voto.
- Política do Café-com-Leite: alternância no poder de presidentes mineiros e paulistas.
- Região Sudeste é privilegiada nos investimentos federais, principalmente os setores agrícola e pecuário.
- O café é o principal produto brasileiro de exportação.
- Aumento da imigração europeia (italiana, alemã, espanhola) para servir de mão-de-obra nas lavouras de café do interior paulista.

Política dos Governadores
Troca de favores políticos entre presidente da República e governadores para a manutenção do poder e garantia de governabilidade.

O coronelismo
Poder político e econômico concentrado nas mãos dos coronéis (grandes latifundiários), que usavam o voto de cabresto, violência e fraudes para obter vantagens eleitorais para si e seus candidatos.

Golpe de 1930
Após a vitória de Júlio Prestes, políticos da Aliança Liberal afirmam que as eleições foram fraudulentas. Com a liderança de Getúlio Vargas, aplicam um golpe e colocam fim a República Velha. Vargas torna-se presidente da República.  
Principais conflitos e revoltas durante a República Velha

- Revolta da Armada: 1893-1894

- Revolução Federalista: 1893-1895

- Guerra de Canudos: 1893-1897

Revolta da Vacina: 1904

- Revolta da Chibata: 1910

- Guerra do Contestado: 1912-1916

- Sedição de Juazeiro: 1914

- Greves Operárias: 1917-1919

- Revolta dos Dezoito do Forte: 1922

- Revolução Libertadora: 1923

- Revolução de 1930: 1930
Coisa Amar

Contar-te longamente as perigosas
coisas do mar. Contar-te o amor ardente
e as ilhas que só há no verbo amar.
Contar-te longamente longamente.

Amor ardente. Amor ardente. E mar.
Contar-te longamente as misteriosas
maravilhas do verbo navegar.
E mar. Amar: as coisas perigosas.

Contar-te longamente que já foi
num tempo doce coisa amar. E mar.
Contar-te longamente como doi

desembarcar nas ilhas misteriosas.
Contar-te o mar ardente e o verbo amar.
E longamente as coisas perigosas.
Manuel Alegre
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence o vencedor,
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade;
Se tão contrário a si é o mesmo amor?
Luís de Camões
Amor não é se envolver com a pessoa perfeita,
aquela dos nossos sonhos.
Não existem príncipes nem princesas.
Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos.
O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser.
desconhecido
ARTE DE AMAR

Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.

As almas são incomunicáveis.

Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.

Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
Manuel Bandeira
O Amor

O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de *dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr'a saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar..
Fernando Pessoa

Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor
seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura
dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,
muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora.Vinícius de Moraes
Antes de amar-te, amor, nada era meu
Vacilei pelas ruas e as coisas:
Nada contava nem tinha nome:
O mundo era do ar que esperava.
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se despediam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
Caído, abandonado e decaído,
Tudo era inalienavelmente alheio,
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza
De dádivas encheram o outono.
Pablo Neruda
Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus – ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
Manoel Bandeira

jogos

Nao quero mais amar a ninguem
Nao fui feliz, o destino nao quis
O meu primeiro amor
Morreu como a flor, ainda em botao
Deixando espinhos que dilaceram meu coracao
Cartola
Duvida da luz dos astros,
De que o sol tenha calor,
Duvida até da verdade,
Mas confia em meu amor.
William Shakespeare
Quiseste expor teu coração a nu.
E assim, ouvi-lhe todo o amor alheio.
Ah, pobre amigo, nunca saibas tu
Como é ridículo o amor... alheio!
Mario Quintana
Quiseste expor teu coração a nu.
E assim, ouvi-lhe todo o amor alheio.
Ah, pobre amigo, nunca saibas tu
Como é ridículo o amor... alheio!
Mario Quintana
Não acabarão nunca com o amor,
nem as rusgas,
nem a distância.
Está provado,
pensado,
verificado.
Aqui levanto solene
minha estrofe de mil dedos
e faço o juramento:
Amo
firme,
fiel
e verdadeiramente.Vladimir Maiakóvski
O meu amor, o meu amor, Maria
É como um fio telegráfico da estrada
Aonde vêm pousar as andorinhas...
De vez em quando chega uma
E canta
(Não sei se as andorinhas cantam, mas vá lá!)
Canta e vai-se embora
Outra, nem isso,
Mal chega, vai-se embora.
A última que passou
Limitou-se a fazer cocô
No meu pobre fio de vida!
No entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo:
As andorinhas é que mudam.Mario Quintana

Cada um ao nascer
traz sua dose de amor,
mas os empregos,
o dinheiro,
tudo isso,
nos resseca o solo do coração.
Sobre o coração levamos o corpo,
sobre o corpo a camisa,
mas isto é pouco.
Alguém
imbecilmente
inventou os punhos
e sobre os peitos
fez correr o amido de engomar. Quando velhos se arrependem.
A mulher se pinta.
O homem faz ginástica
pelo sistema Muller.
Mas é tarde.
A pele enche-se de rugas.
O amor floresce,
floresce,
e depois desfolha.Vladimir Maiakóvski
O verbo no infinito

Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar

Para poder nutrir-se; e despertar
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E começar a amar e então sorrir
E então sorrir para poder chorar.

E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito

E esquecer de tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito...
Vinicius de Moraes